Ticker

6/recent/ticker-posts

Sedentarismo & Sobrepeso

Aplicativos que medem quanto se anda todos os dias vêm ajudando a afastar o sedentarismo e monitorar melhor o corpo
Às vezes acontece mesmo de nós perdermos a noção do quanto passamos os dias sentados, trabalhando na mesma posição, sem movimentar o organismo no tanto que ele precisa. Perceber esse problema, agora, é uma ação que está ganhando muitos ajudantes: pulseiras que registram nossos deslocamentos e, principalmente, aplicativos para smartphone se tornaram poderosos parceiros para entrar em forma.
São muitos os apps que já vêm instalados nos celulares – como o “Saúde” para o sistema IOS ou o “Google Fit” para Android – ou que se pode baixar de modo “avulso”, como o Stepz. O que eles fazem, assim como as pulseiras Fitbit e similares, é utilizar os acelerômetros e até o GPS dos dispositivos para monitorar os usuários e contar quantos passos se deu ao longo de cada dia (ou quilômetros, andares de escada subidos, etc.).
Se essa contagem é um bom parâmetro? Muito bom. O educador físico e idealizador da consultoria de treinamento Run & Fun, Mario Sergio Andrade Silva, explica que os números registrados no smartphone ou outro meio são válidos porque os aparelhos, hoje, são bastante sensíveis e precisos – e porque caminhar e mexer o corpo são exercícios interessantes todos os dias, sim.
O ideal é que o indivíduo dê ao menos 5 mil passos por dia – isso só para começar um processo de não ser considerado sedentário. A meta mesmo, no entanto, é que um adulto dê cerca de 10 mil passos diários”, explica.
A partir dos 5 mil passos, o que corresponde a mais ou menos 4 quilômetros ou meia hora regular de atividade, alguns benefícios na saúde já podem ser observados, como controle de pressão arterial.
O que os pedômetros desse tipo fazem, no fim, é se tornarem um grande estímulo para que as pessoas voltem a caminhar e se movimentar.
Os estudos na área indicam que, a cada uma hora que a pessoa passa sentada, ela precisa ficar em pé por pelo menos 6 minutos ou dar cerca de 200 passos”, diz Mario Sergio.
Precisa mandar uma mensagem de e-mail para o colega do departamento ao lado? Que tal levantar e ir conversar com ele por alguns minutos sobre a questão, aliando o benefício de levantar e caminhar (ajudando na circulação do sangue, por exemplo)?
É isso que os dispositivos podem mostrar: que todo esforço conta. Ao fim do dia, aquele hábito de subir até o apartamento pelas escadas ou descer do coletivo uma estação antes e seguir a pé vai se mostrar um aliado na meta.
Um passo adiante
Tornar a caminhada parte do dia a dia é um hábito mesmo – e, como tal, muitas pessoas só precisam de um incentivo para começar, seja pelos aplicativos que controlam o movimento ou até uma brincadeira.
O lançamento do jogo Pokémon Go, por exemplo, sofreu alguns revezes quando surgiu (sobre a segurança, por exemplo), mas que a motivação que ele criou para muita gente mexer o corpo é inegável.
A diversão de caçar e colecionar os bichos virtuais (e até de chocar os ovos de Pokémos a cada 2 quilômetros caminhados) colaborou para incluir saídas a pé na rotina.
Como toda febre, o Pokémon Go também deve esfriar em breve – mas a ideia de estimular o exercício por meio de um aplicativo vem sendo usada de outras formas efetivas.
Mario Sergio conta que sua empresa também está lançando um aplicativo que monitora a meta de passos e, melhor, faz isso em prol de um time.
O Step Fun faz o registro de movimentos e é destinado a grupos em empresas; os funcionários instalam o app e a plataforma funciona em desafio coletivo – mostrando quem são as pessoas que mais caminharam.
Cria-se uma disputa saudável e muito estimulante que faz bem para o corpo e para o grupo”, explica ele.
Cada companhia que adota o aplicativo pode, a partir daí, criar recompensas para os “vencedores” pelo comportamento saudável.
A empresa faz uma gestão para a saúde dos funcionários e as pessoas se acostumam a adotar o hábito de se movimentar – todo mundo ganha.
Hoje, especula-se que a ordem de pessoas sedentárias dentro dos escritórios fica em torno de 70%. E talvez a contribuição maior da tecnologia locada nos pequenos smartphones seja afastar toda essa gente do sedentarismo, do sobrepeso, dos problemas cardiorrespiratórios e de tantas doenças relacionadas.

Autora: Flávia Pegorin
Fonte: Coração e Vida

Postar um comentário

0 Comentários